(211)
Pleno pampa poderosa pradaria,
Um céu maior e mais profundo;
De noite as estrelas e seu mundo
A mirar-nos com sobranceria.
Ah! As alongadas sombras das coxilhas,
Pela branca lua cheia a surfá-las
São algumas das tantas maravilhas,
Que eu quisera em sonho suborná-las
E assim, nua, de noite, em desatino
Cavalguei até dormir por sobre a crina
E traída ser trazida ao meu destino,
Pois eu quis perder-me, e feminina,
Ser cobiçada e levada por rei Mino*
Ao seu oculto palácio da campina...
15/01/2007
Nota da editora:
"rei Mino"- Os leitores já familiarizados com o universo poético da Alma, sabem que na sua mitologia particular ela assim denominava o vento minuano, que lhe inspirava temor, respeito e fascinação. (Lucia Welt)
16 de set. de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Rei Mino, minuano, que belíssima associação de imagens. A poesia de Alma surpreende-me a cada dia. Alma era um fenômeno. Uma revelação. Uma estrela.
Postar um comentário