(215)
Cavalgando uma manhã na pradaria
Encontrei uma carroça de ciganos
Que erravam há dias pelos planos
Atrás de uma cascata que havia
Para acamparem no entorno...
Porquanto me pareça um povo artista
Algo me dizia ser transtorno
E pensei em fornecer-lhes falsa pista,
Pois meu irmão fizera-me jurar
Que o nosso paraíso da infância
Não iríamos com outros partilhar.
Mas, então, com a rédea fiz um ésse
Em silêncio retornando à estância
A esperar que o segredo se impusesse.
14/12/2006
Nota da editora:
Alma e Rôdo costumavam banhar-se nus desde guris no poço da cascata que fica em local quase desconhecido de uma mata virgem próxima do casarão.Entretanto seria impossível mantê-la secreta como eles pareciam acreditar. A verdade, lamentavelmente, é que o hábito da Alma de banhar-se nua, ali, no esplendor de sua beleza, acabou lhe custando a vida. O peão (de uma estância vizinha) que a matou já a observara antes ou ouvira falar da beldade nua daquele poço (isto está sendo investigado). (Lucia Welt)
19 de set. de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário