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Meus amados sobrinhos me procuram
A todo instante segurando minha mão
E beijam-me mostrando que perduram
Os sentimentos que plantei no coração
Deles quando ainda não andavam
E beijava-os como se a mãe fosse eu,
Que assim, na verdade, me encantavam
Como saídos deste seio ou ventre meu
Que ninguém ouse chamar de ressequido
Pois deu-me um filho que perdi
E que por medo, eu sei, não repeti
Pois a perda perdura e não tem fim,
A não ser num olhar de querubim
Que vejo nesses olhos tão queridos...
05/12/2006
Alma realmente teve um filho que perdeu com um mês e 20 dias, vitima da síndrome da "morte no berço", caracterizada por um defeito respiratório de nascença. Era fruto de sua relação com Gino, violinista e luterista(vide a novela Narciso, no Leia Livro). Essa tragédia quase matou a Alma de dor, e deixou-lhe profunda seqüela emocional. Chegamos a pensar que ela estivesse na raíz de seu suicídio, quando ainda pensávamos ser a causa de sua morte misteriosa que abalou a todos nós, de maneira profunda e traumática.
23 de ago. de 2007
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