(119)
Quero viver, amar, quero explodir,
Quero ser amada até o sangue!
Não agüento mais o meu porvir,
Essa perspectiva assim exangue...
Que posso eu, pobre guria solitária,
Esperar se minha beleza me condena,
Se a paixão dest'alma é proprietária
E começo de mim mesma a sentir pena?
Vago insone pela noite, sonho o dia,
E chego com as unhas a riscar
Meus seios que teimam em me abrasar,
E logo ponho as mãos ali em baixo
Para aplacar de mim essa agonia
De ser eu mesma a cruz em que me encaixo.
16/01/2007
27 de jul. de 2007
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