26 de jul. de 2007

O juramento da Alma (de Alma Welt)

(118)

Pelo amor de minha pradaria
Eu fiz um juramento no pomar:
Aqui viverei até estar fria
Já que posso livremente poetar

E ser a Alma do meu Pampa ideal
Onde nua eu cavalgo no papel,
Um pouco para além do bem e o mal
Com todas as memórias em tropel.

E assim revendo-me em poemas
Atesto a trajetória coerente
Desta minha missão e seus emblemas:

As transfigurações do imanente
Quanto as do aparente até banal
Que formam este meu ser universal.

10/01/2007

Nota da editora:

Este soneto comprova que Alma tinha um consciência
muito forte de sua missão como intérprete de sua região,
com sua expressão inconfundível que fazia de cada elemento
de seu cenário cotidiano um elemento arquetípico. Daí a sua universalidade, que está sendo atestada por um número enorme e crescente de leitores, fãs e admiradores da Musa do Pampa.

Um comentário:

Madalena Barranco disse...

Querida Lúcia, bela mensagem, onde a poetisa Alma confirma que os versos quase sempre são despidos de armaduras - revelam-se assim como vieram ao mundo das letras:despidos e puros. Beijos - adorei o blog - voltarei outras vezes.