11 de jul. de 2007

O pastor sem remorsos (de Alma Welt)

(88)

Um jovem pastor aqui da estância
Resolveu se aproximar do casarão:
Não vira piscina em sua infância
E queria ver a filha do patrão

Nadando, como sempre, assim pelada,
E escondido, então, atrás da sede,
Ali fica por quase uma jornada,
Enquanto uma ovelha se escafede.

E quando afinal interpelado
Por quê e se não ia arrepender,
Já que uma ovelha até morreu

Ele com o olhar emocionado
Disse afinal, sustentando o meu:
"Eu mesmo já podia até morrer..."

04/01/2007

Um comentário:

Anônimo disse...

Belíssimo soneto! Que poeta maravilhosa! descobri no google e estou pasmado . Não imaginava que houvesse uma tão grande poeta por aí, viva ou morta.