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O contrato que redijo a cada dia
Pela visão do mundo e da poesia,
Será meu testamento da velhice
Que chegará um dia, sem pieguice.
E quero estar montada num legado
De mil sonetos, contos e poemas
Que velarão o meu sono atribulado
Do negócio de sonhos e de temas.
Tudo é vaidade, dirão, e eu concordo.
Mas quê resta ao homem ou ao poeta
Senão criar um mito ou uma meta?
Filhos, fortuna, casa, ofício, arte,
São o nosso lado de um acordo
Com a Morte, que trará a sua parte.
03/01/2007
7 de jul. de 2007
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Um comentário:
Lúcia, no mito está a vida que a morte não pode levar... Interessante! Beijos.
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