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Altas horas, silêncios rumorosos
De grilos, de sapos e os estalos
Do casarão com seus nichos tenebrosos
Por onde o Tempo escorre pelos ralos.
A casa arfa, suspira, sofre e geme
Com o peso de sua circunstância.
Como um barco náufrago, sem leme,
Que já não disfarça a sua ânsia,
A ausência de piloto é um mistério...
A poetisa, o jogador e a cosinheira
E um contra-mestre com nome de gaudério
Somos pois os tripulantes que vagamos
Dentro de uma nave sem esteira,
E não sabemos mais pra onde vamos.
15/01/2007
1 de mar. de 2008
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