2 de set. de 2007

O Vinho da Alma (de Alma Welt)

(182)

Se me pergunta o mundo o que quero
Com tanto sonetar, tanto dizer,
Se não posso um pouco me conter,
Partir meu dia, assim, do ponto zero;

Viver o hoje sem interpretá-lo,
A hora e o minuto simplesmente,
Como uma ampulheta ou um gargalo
A gotejar o vinho ou a semente;

Eu respondo que assim como me vê,
Escrever é ver, aurir e degustar
A vida como um vinho em minha boca

E como um esmerado sommelier
Cuspir somente se for pra declarar
O prazer da dose, que é tão pouca...

22/12/2006

Nenhum comentário: