(187)
A pradaria conflui com meu jardim,
E este pequeno reino já a invade
Com espécies fidalgas, na verdade
Vistas com respeito até por mim.
Mas é nos prados mesmo, agrestes,
Onde flores rudes e silvestres
Reinam para glória do meu pampa
Que a caixa da Natura abre sua tampa
E derrama um prodígio para todos
Que aqui vêm fazer os seus conclaves:
Insetos, passarinhos, borboletas.
Então eu cavalgo sem entraves,
Princesa que aqui perdeu seus modos,
Recebida num jardim de violetas.
08/01/2007
Nota da editora:
Fiquei deslumbrada com a descoberta deste soneto, que por sua graça e sutileza deve figurar, a meu ver, entre as obras-prima da Alma. Notem a alegoria que ele contém, já que a violeta, espécie nativa brasileira, é tida tradicionalmente como flor símbolo da modéstia. (Lúcia Welt)
4 de set. de 2007
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