(197)
Entre o casarão e o vinhedo
Está o jardim dos meus amores
Que de dia acolhe o folguedo
De guris e gurias entre as flores.
Mas nele eu navego em noite cálida
Sob a luz de uma lua espectral
Refletida e tornando-me mais pálida
Como pequena gôndola irreal
Que singra entre touceiras prateadas
Deixando rastro: cintilantes vagalumes
Companheiros de noturnas caminhadas
Sob a guarda do Negrinho e as Três Marias
Que ainda me protegem dos queixumes
Dos sonhos mortos e das fantasmagorias...
15/12/2006
8 de set. de 2007
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Um comentário:
Soneto magistral, que nos faz ouvir um noturno de Chopin enquanto vagamos com a Alma por esse jardim noturno, lírico e fantasmagórico. Lúcia, que tesouro essa arca de inéditos da grande poetisa que tu descobriste aí no teu sótão... A cornucópia de encantos não tem fim, louvado seja o Deus da Arte!
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