(199)
Matilde, que agora reza e reza,
Houve tempo em que abria para mim
E contou-me que dentro dela pesa
Um remorso imenso e sem fim.
Ela deixara um filho natural
Num orfanato, só, por indigência,
Mas ao buscá-lo em penitência,
Soube de algo terrível e fatal:
A criança se fora num inverno
Em que o minuano assaltara
O casarão gelado e a levara...
Então Matilde andou pelo Inferno
Por dez anos até que o Galdério
A encontrou a dormir num cemitério.
12/01/2007
9 de set. de 2007
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