15 de ago. de 2007

A Saga da Alma (de Alma Welt, desenho de Guilherme de Faria)


(147)

No meio de esparso arvoredo
Se ergue a imensa alvenaria
Que foi um rincão de vacaria
Antes de ser a sede de um vinhedo.

Meu avô foi pioneiro co'esta vinha
Quando aqui chegou como um intruso,
Um boche, um godo, um abstruso
Com seus dois metros de gavinha

Que se agarrava a tudo pra subir
Ainda mais alto, eu suponho,
Para um perfeito vinho produzir...

E restou do que a terra traga,
Suores, sangue, risos, sonho:
Esta Alma pra cantar a sua saga.

16/01/2007

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