17 de jul. de 2007

Soneto do dique (de Alma Welt)

(102)

Quando guria, no galpão eu costumava
Vir sentir o cheiro agradável
Do feno da forragem e do provável
Tonel vazio de vinho que sobrava.

E foi ali que ouvi gritos e gemido
Que jamais ouvira nem num quarto,
E aproximei o peito comovido,
Pensando que alguém estava em parto.

E eis que, pela fresta, muito tesa,
Vi de quatro (que jamais esperaria),
As nádegas de Elke, a holandesa,

Sendo bombeadas por Henrique
Cuja imensa ferramenta permitia
Ver por onde ia vazar aquele dique.

11/01/2007

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