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Quando guria subi no umbu pampeiro
Para ver o mundo lá de cima
Mas logo deparei c'um formigueiro
E perdi por um minuto a auto-estima.
Gritei: "Rôdo, Galdério, me acudam!
Não sei mais descer, estou com medo,
Aqui tem formigas e elas grudam,
E já uma delas me picou o dedo!"
Rôdo, rindo até rolando, retorquiu:
"Bah! Quem te queria ver pelada hoje viu,
Já que estás por baixo sem calcinha,"
"E agora que estás nessa forquilha,
Cuida que não entre formiguinha
Nessa tua rachinha-maravilha!"
12/01/2007
23 de jul. de 2007
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Um comentário:
Gracioso e original soneto. As recordações de infância da Alma são adoráveis, humorísticas e profundamente sexuadas. Sonetos como este são um convite à pedofilia mental(rssss) pois ele faz a gente imaginar essa "rachinha maravilha". Essa Alma é uma maravilhosa, incrível poetisa.Deixa a gente viciada em sua poesia...
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