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Às vezes penso que não tem mais jeito,
Que a vida é indecifrável como esfinge,
Não sabemos muito a seu respeito
Senão aquilo que ela apenas finge:
Um mundo de aparências enganosas
Cujo sentido arriscamos decifrar
Com as nossas ferramentas presunçosas,
E logo uma tendência a nos frustrar.
Então eu faço um esforço para o foco
Concentrar e aumentá-lo muito até
Na acuidade da pesquisa "in locco"
Mas descubro que não sou cientista fria,
E preciso lembrar-me de que a fé
É o ingrediente final desta Poesia.
27/12/2006
28 de jun. de 2007
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