8 de set. de 2007

O fantasma (de Alma Welt)

(194)

À meia-noite um fantasma aparecia
Nos dez primeiros anos do vinhedo...
Minha avó é quem contava esse enredo
E justamente a mim que era guria.

Sim, ela dizia, o Valentim
Ferro, o antigo dono estancieiro
Que como em romance folhetim
Enforcou-se numa trave do telheiro.

E então eu me punha em vigília
Que por certo não chegava à meia-noite,
Que há muito já dormia esta família.

Mas afinal, meu leitor, também o vi,
Mas no imaginário, não se afoite,
Pois nele é que viver eu escolhi...

14/11/2006

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