
Penélope e os pretendentes- Pintura de 1912 de John William Watherhouse (prérafaelita inglês)
(221)
Para enfrentar a morte escrevo,
Que é o único combate com o ogro
Que posso travar com algum enlevo
E que não redundará em vil malogro.
Pois sabemos que a letra permanece
Como uma fantástica lanterna
Que ilumina a trama que se tece
No silencioso tear da noite eterna
Produzindo uma teia inacabada
Como aquela da viúva inconformada
Que sabia dar ao tempo a sua medida,
E no final, no pouco que restara
Do painel da batalha desmedida
A sua própria saga ela plasmara.
29/12/2006
2 comentários:
De fato, Cara Lúcia, este poema é de extrema profundidade.Eu mesmo, como já sabe, não contive a emoção
e tentei musicá-lo, mas lhe confesso que ficou difícil, pois há certas coisas que só a poesia(na sua forma concreta como poema) pode expressar. Em todo caso, gostaria de que você ouvisse qualquer dia desses.
um grande abraço para você e para a Alma.
joao
De fato, cara Lúcia, você tem toda a razão em expressar o quanto este soneto é especial. Não se já lhe disse, mas eu me arrisquei em musicar este poema e confesso me pareceu um tanto ddifícil. Eu acho que certas propriedades da poesia(nesse casa expressado formalmente) são próprias e transportá-las para a música é pouco possível, mas de qqualquer forma o fiz e gostaria que você ouvisse. Ainda, cara lúcia, gostaria de sua autorização para que pudessemos tocar um dos poemas já musicas da Alma(quisera um jardim) em um show da banda risses que ocorrerá brevemente.
aguardo a resposta
joao
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