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"E quando por acaso uma mijada ferve
Seguida de um olhar não sem malícia e verve
Nós todos animais, sem comoção nenhuma
Mijamos em comum numa festa de espuma."
(do soneto da Intimidade, de Vinícius de Moraes)
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Soneto de celebração (de Alma Welt)
É verão e meu pampa me deslumbra
E me conclama à celebração
Como que afastando uma penumbra
Que pesava sobre a alma e o coração.
E sou mais jovem, mais, até guria
E corro pelas sendas das coxilhas
Sentindo como sendo o próprio dia
Como sentem potras e novilhas.
Então sei que vou logo me despir
E agachar-me sobre a relva até sentir
Os talos mais altos na minha vulva
Para então, como pequeno chafariz,
E sendo parte do todo por um triz,
Abençoar as urzes como a chuva!
17/01/2007
3 de ago. de 2007
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