1 de jul. de 2007

Vai-te, ano... (de Alma Welt)

(69)

Esta noite cantarei os meus amores
Despedindo triunfante o ano findo,
Com todas as delícias e os horrores
Daquilo que foi feio, e o que foi lindo.

Andrea, me perdeste, te perdi.
Mayra, aluninha arrebatada
Por tua mãe, em cantata inacabada;
Mano Rôdo, viajaste, meu guri!

Kibsel que afrontaste tua morte
Por amor que no entanto não fui eu;
Aline que escolheste tua sorte

E fugiste com teu Marco* que era meu
Fruto de teu amor com meu irmão...
Vai-te, pois, ó ano, ó confusão!

31/12/2006

Notas da editora:

No seu romance "O Sangue da terra", terceiro tomo da trilogia A Herança, Alma conta que Aline desejando ter um filho que pudesse criar junto com Alma, entregou-se com a conivência desta ao Rôdo, nosso irmão, para conceber, sem compromisso deste. O menino que nasceu foi chamado Marco, e Aline, cuja mente mudou após a maternidade, acabou abandonando Alma e voltando para São Paulo carregando seu filho.

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