(22)
Quando a lua cheia está chamando
Eu deixo o leito e sigo a sua esteira
Transpondo comovida minha soleira,
Banhar-me à luz e persistir amando.
Com diáfana camisola branca e fina
Eu me sinto nua e transparente
E mais nua eu me ponho em frente
Dessa luz fria que minh’ alma anima.
E deslizo como espectro ao pomar
Guiada por escolta vagalume
No caminho me aquecendo desse lume
Para abraçar a minha Árvore do Sonho.
A *ARA cujas letras eu disponho
Ao sabor do coração que vou gravar...
20/12/2006
Nota da editora:
*ARA- Ao mesmo tempo que quer dizer "altar",
para nossa poetisa são as três iniciais
gravadas por ela a canivete dentro de um coração
no tronco da macieira sagrada ou "Àrvore do Sonho"
de seu pomar: Alma, Rôdo e Aline (um dos seus últimos
amores).
20 de jun. de 2007
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