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Muito tenho pensado em tudo isso:
Viver, pensar, amar e desejar
E depois morrer, dar um sumiço
Pra ser lembrada só por quem lembrar.*
Mistério é, quisera eu me divertir
E não só pensar, amar e desejar;
Amar, pensar, sofrer e mais pensar
No quanto estou cônscia de existir...
Pois a consciência vigilante
Nunca me deixou depois da infância
Viver a vida plena, confiante,
Já que aquela inocência deslumbrante
Que agora me visita sem constância,
Aparece só no gozo de um instante.
23/12/2006
Nota da editora:
*Versos como esse, abundantes na série Pampiana,
dão o que pensar sobre previsão, vidência ou propósito,
tão pouco tempo antes do falecimento trágico
(e ainda misterioso) da amada Poetisa.
27 de jun. de 2007
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