17 de jun. de 2007

Os sonhos da razão (de Alma Welt)

"El sueño de la razón produces monstros." (Goya)
(6)

Levantam-se na noite os meus sonhos
E me acordam, febril e alvoroçada.
Não me embalam, não, não são risonhos
Meus sonhos de poeta apaixonada!

Paixão da vida, a ânsia dos autores,
Da louca ilusão de eternidade,
Sonhos de grandeza, dos louvores,
Dos vôos sobre os tetos da cidade!

Ah! Ser o ideal que desejei:
Ser a Alma aqui do Rio Grande,
A musa que de mim me projetei!

Eu, que necessito ser amada
E quero ser feliz além de grande,
Tudo quero, tudo, e tenho nada...

11/12/2006

Um comentário:

Anônimo disse...

Alma amada, tu já tinhas tudo... não percebeste? Beleza, talento, inspiração, amor, amores. Porque não esperaste mais um pouquinho? Estavas já a caminho da consagração, que agora virá póstuma... Tu sofrias, percebe-se, mas era por tua sensibilidade desmesurada, à flor da pele. E nós, os teus leitores fiéis sofremos demais com a tua precipitação. Que tu encontres a paz, Alma linda, que tu bem a mereces...