17 de jun. de 2007

A Oferenda (de Alma Welt)

ou
O que me disse um vagalume...

(Dedico aos nossos grandes parnasianos,
de Olavo Bilac a Vicente de Carvalho)

(8)

Noite clara, a natureza em festa
Saúda-me, feliz , aqui neste jardim.
Um vagalume dança em minha testa
Dizendo: "Vem, me siga já, aqui, assim!"

"Vem comigo até o bom caramanchão
Onde podes exibir a tua alvura
Sem seres vista por algum peão
Que te possa vigiar pra te ver nua...

Como num leito, deita em teu vestido,
As pernas entreabertas, que na fenda
Como uma pérola, talvez com um prurido

Pouso eu na concha que o Amor cultua
Enquanto, minha Alma, em oferenda,
Abres teu corpo para a luz da lua!"

11/012/2006

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