
Busto de Nietzsche (O Eterno Retorno) desenho de Guilherme de Faria
(4)
Quando, amor meu, termina a lida,
E me concentro em memória e solidão
É que sinto melhor a minha vida
E posso auscultar o coração.
Há uma estrada de mão dupla no viver
Que não simplesmente o bem e o mal,
Mas nós e o outro, e nós e nosso ser
Com sua contramão quase abissal...
E da nossa travessia perigosa
Que como caravana principia
A leste do Éden, esperançosa,
Em percalços, abismos e correntes,
No final não há sobreviventes
Senão aquele com que tudo se inicia.
11/12/2006
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