18 de jun. de 2007

Doces manhãs da minha juventude (de Alma Welt)

(10)

Doces manhãs da minha juventude,
Que são pra mim agora e já lembradas!
Como poeta carrego a infinitude
Do finito e das horas não passadas...

Tenho uma constante nostalgia
Que acompanha o meu senso de beleza,
A alegria do minuto que partia
E a saudade da próxima surpresa.

Tenho uma dor eivada de prazer
E a sensação de me esvair
Nos espinhos e nas farpas do viver

Um martírio prazeroso em carne viva
Como a alma nua a dividir
O corpo dúbio e enganoso de uma diva...

12/12/2006

Nenhum comentário: